O papado e a volta de Jesus
O período dos 1260 anos se refere à grande perseguição profetizada por nosso Senhor(Mateus 24: 15-22). Quando
Cristo se ergueu da sepultura, tornou-se então o legítimo representante
desse mundo. Sua morte reconciliou o mundo com Deus, e o acusador, o
diabo, não tem mais direito algum sobre ele. Não admira que uma
exclamação de triunfo fosse ouvida no céu! E mais, os habitantes do céu
falam do diabo como “acusador de nossos irmãos”. Os anciãos sabiam
alguma coisa de seu poder, pois também eles tinham-no enfrentado em
combate mortal. O acusador e enganador fora finalmente lançado fora de
seu lugar de usurpação, e Cristo, o segundo Adão, tornou-se nosso
representante.
Agora é revelada a causa oculta das
grandes lutas da igreja. O diabo, sabendo que perdera a batalha contra
Deus, e reconhecendo que lhe resta pouco tempo, está agora concentrando
todo o seu poderio contra os seguidores de Cristo. Ao profeta foi
mostrado este inimigo de Deus e do homem perseguindo a mulher – a
igreja. Até a morte de Cristo, Satanás estava ansioso por reunir outros
mundos em torno de si para rebelião contra Deus. Mas agora ele está
derrotado. Assim ele transfere toda a sua energia para o combate à
igreja. Para escapar aos ataques do inimigo, a igreja foge para o
deserto, para um lugar que Deus lhe preparou, e aí é sustentada por 1260
dias proféticos, ou anos. Este período é mencionado sete vezes em
Daniel e no Apocalipse: (1) Daniel 7:25; (2) Daniel 12:7;
(3) Apocalipse 11:3; (4) Apocalipse 11:3; (5) Apocalipse 12:6; (6)
Apocalipse 12:14; (7) Apocalipse 13:5.
Começou como já vimos, com o decreto de
Justiniano em 538 A.D., e terminou com o fim do domínio papal em 1798.
Lugares ermos como os vales do Piemonte e as sólidas montanhas dos Alpes
e mesmo a América recém descoberta, tornaram-se um céu de refúgio para o
perseguido povo de Deus. Em Apocalipse 12:15 lemos: “A serpente lançou de sua boca , atrás da mulher, água como de um rio.” Água em profecia representa povo: (Apocalipse 17:15). Durante
a supremacia papal, diferentes povos foram usados no esforço de
destruir o fiel e verdadeiro povo de Deus. As páginas da História estão
manchadas com sangue de amargas perseguições e impiedosos massacres.
Tudo isto não foi em vão; ao contrário, “o sangue dos mártires foi
semente da igreja”.
O céu rejubila na vitória dos santos sobre o poder do dragão. “Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho”. (Apocalipse 12: 11). O
profeta observa que outra tentativa, e mais sutil, é feita para
destruir a igreja. O inimigo lança de sua boca um dilúvio para arrastar a
mulher. Com efeito, um dilúvio de falsos ensinadores saturados de
evolucionismo e filosofias humanas tem-se levantado para opor-se à
verdade de Deus. Isto tem sido especialmente desde o fim dos 1260 anos. A
água vinha da boca da serpente. O que não logrou por meio de exércitos
de falsos educadores. A propaganda mentirosa e “falsamente chamada
ciência”(1 Timóteo 6:20) alcançará o seu clímax na batalha final contra a verdade.
Para fazer frente a esse novo ataque, “a
terra abriu a sua boca”. Através dos séculos a terra tem ajudado a
mulher, providenciando refúgio para o perseguido povo de Deus. Mas esse
novo ataque vindo da boca da serpente tem sido derrotado de outro modo.
Um século atrás veio à existência a nova ciência da arqueologia, e das
cidades sepultadas no passado, as evidências se acumularam provando a Bíblia e
confirmando a exatidão dos seus registros. Maravilhosas descobertas nos
campos da Arqueologia, da História e da Geologia robusteceram e
vindicaram a palavra de Deus. A pedra de Rosetta, descoberta em 1799,
tornou-se a chave do passado, permitindo aos estudiosos aprenderem as
línguas do Egito, desse modo abrindo ao conhecimento toda a história do
passado. Milhares de descobertas tem sido feitas em confirmação com a
História bíblica. A terra tem aberto, sem dúvidas, a sua boca, e as
próprias pedras estão clamando aos ouvidos dos cépticos: “A tua palavra é a verdade”.
A maior e final tentativa de Satanás será
feita contra a própria última igreja chamada neste capítulo “o resto da
sua semente”. Estes entes leais, obedientes aos mandamentos de Deus e
possuindo “o testemunho de Jesus, permanecem como fiéis testemunhas.
“Desde o início do grande conflito no céu, tem sido a intento de satanás
subverter a lei de Deus. Foi para realizar isto que entrou em rebelião
contra o criador e sendo expulso do céu, continuou a mesma luta na
terra. O último grande conflito entre a verdade e o erro não é senão a
luta final da prolongada controvérsia relativa à lei de Deus”.
Em toda grande crise da história Deus tem tido fiéis servos cuja obediência a ele era mais preciosa do que a vida. O
profeta Isaías, escrevendo num tempo em que a verdade estava sendo
comprometida, falou dos que eram leais a Deus como sendo o seu
“remanescente’ (Sofonias 3:12,13; Miquéias 4:7.) Na
última grande crise do século, Deus terá um “remanescente” leal que por
sua graça permanecerá firme pela verdade e pela justiça. João descreve
este remanescente como aqueles que “guardam os mandamentos de Deus e tem
a fé em Jesus”, testemunho este que o anjo declarou ser “o espírito de
profecia”. (Apocalipse 12:17; 19:10). Por meio de sua
palavra e os conselhos de seu Espírito, Deus está, mesmo agora,
preparando esse “remanescente” para estar de pé “no dia mau”, quando os
principados e potestades e “os príncipes das trevas deste século” farão
seu último ataque à igreja. (Efésios 6:12,13 – 2 Tesssalonicenses 2:9-13).
É por meio do “remanescente” que Deus
está dando sua última mensagem de misericórdia ao mundo e revelado ao
mesmo tempo as maquinações do “homem do pecado”, cujo sistema de
falsificação da salvação tem obscurecido o glorioso evangelho de Cristo e
sua graça salvadora. A igreja que “está aguardando a vinda do senhor” “nenhum dom lhe falta”, diz o apóstolo Paulo. (1 Corintios 1:7).Deus
tem seus servos em todas as partes da terra. Estes está Ele reunindo
por meio do poder do evangelho eterno que é proclamado para “toda a nação , e tribo, e língua e povo “. (Apocalipse 14:6). Isto é claramente expresso na seguinte citação de Ellen White:
“Entre os habitantes do mundo ,
espalhados por toda terra , há os que não tem dobrado os joelhos a Baal
. Como as estrelas do céu , que aparecem à noite, esses fiéis
brilharão quando as trevas cobrirem a terra , e densa escuridão os
povos . Na África pagã , nas terras católicas da Europa e da América do
sul, na China, na Índia, nas ilhas do mar e em todos os recantos da
terra , Deus tem em reserva um firmamento de escolhidos que brilharão
em meio às trevas , revelando claramente a um mundo apóstata o poder
transformador da obediência a sua lei” (Profetas e Reis , pp. 188, 189).
Quando o paganismo invadiu a igreja,
trouxe consigo apenas as suas vestimentas e os mistérios, mas também o
seu espírito de intolerância. Quando o homem cessa de agir por amo ,
recorre à força. A igreja perdeu sua missão no mundo. Quando a primeira
igreja começou a perder o seu “primeiro amor”, perdeu também a sua
visão. Quando entrou na política, caiu de seu elevado estado espiritual.
Em vez de continuar como um poderoso movimento missionário preocupado
apenas em levar as boas novas de salvação a todos os homens em todos os
lugares, ela começou a transformar-se numa grande instituição
financeira, com declarado objetivo de reger as nações. Em vez, pois, de
almejar a volta de Cristo, acompanhado por seus anjos, com poder e
grande glória, como a consumação de suas esperanças, esta igreja
apóstata começou a ensinar que sua missão ao mundo era estabelecer-se
com liderança política no mundo mediante um assim chamado governo
espiritual, introduzir o reino de Deus na terra.
Este conceito da igreja e seu trabalho
foi uma completa inversão da mensagem apostólica. O livro de Santo
Agostinho “A Cidade de Deus”, interpreta Apocalipse 20 de modo que
signifique o domínio da igreja sobre as nações. Nos dias dos apóstolos, a
igreja fez tremendas conquistas espirituais, verdadeiramente ela “saiu
vencendo e para vencer”. Sobreveio, porém, uma mudança. Paulo falou
desses acontecimentos como de uma “apostasia”, a qual , ele disse, daria
surgimento ao homem do pecado, que exaltaria a si mesmo no templo de
Deus, declarando-se Deus, e que sob o disfarce do cristianismo,
corromperia a verdade e se oporia a quem quer que dele dissentisse,
segundo.(Tessalonicenses 2:3,4).
O declínio do poder espiritual dentro da igreja estabelecida
não foi de súbito. A história da igreja mostra os passos trágicos que
finalmente puseram a autoridade civil e religiosa numa só mão. Papas
sedentos de poder arrogaram-se o título de “substituto de Deus na
terra”, assim usurpando as prerrogativas da divindade. Arrogando-se
sucessores de Pedro, pretendiam autoridade, não sobre a igreja apenas,
mas sobre todo o mundo. Inocêncio III, por exemplo, (papa de 1198 –
1216), escreveu que “assim como o sol e a lua estão postos no
firmamento, o maior como luz do dia, e o menor para iluminar a noite, há
dois poderes na terra: o maior, o pontifical e o menor, o real”.
Propondo reis e depondo reis, os pontífices tinham aí o seu passatempo.
Pisoteando os direitos da consciência, esses governantes medievais
dominavam príncipes, estados e parlamentos, compelindo a submissão por
meio do mais terrível engenho da tirania, a Inquisição. Maquinandoe esquematizando para ganhar mais poder, esta igreja dominante continuou a destruir “os santos do Altíssimo”, e a atentar contra a lei de Deus. (Daniel 7:25). Isto devia continuar por 42 meses.
Este período profético, já
foi por João introduzido cinco vezes em três diferentes modos, enquanto
Daniel dele fala duas vezes. O método de expressão usado por João como
por Daniel é “um tempo, e tempos, e metade de um tempo”. (Apocalipse 12:14; Daniel 7:25; 12:7). Um “tempo” é modo hebreu de expressão para um ano. (Daniel 14: 16; 11: 13). A
conclusão é clara e convincente. Um “tempo” seria um ano ou 360 dias,
dois “tempos” seriam iguais a dois anos” ou 720 dias, meio “tempo”
igualaria a meio ano, ou 180 dias . O total é 1260 dias. A expressão “42
meses” chama a atenção. Um mês profético consiste em 30 dias
(proféticos), assim 42 meses multiplicado por 30, daria 1260 dias (
anos). Autoridades bíblicas concordam que em profecia, um dia representa
um ano. Começando com o decreto de Justiniano 538 A.D., o período nos
leva a 1798 . Dois séculos e meio antes desta data significativa, a
Europa estava .sendo assolada por uma revolução de idéias oriundas
especialmente da reforma protestante. Nação após nação sacudia sua
subserviência a autoridade eclesiástica.
A profecia bíblica predisse não apenas o surgimento do papado, mas também sua queda.Este
poder que pretendia falar em nome de Cristo estava na realidade falando
contra ele. Todos os reformadores, sem exceção, falaram dessa igreja
apóstata como o “anticristo”. A palavra “anti” significa “contra,
rivalidade ou suplantação”. O papismo preenche ambas as ideias, como os
fundadores da reforma do século XVI tão habilmente mostraram. Mas o
poder arrogante e blasfemo estava se aproximando do fim do período que
lhe foi permitido dominar, e os acontecimentos políticos estavam
trabalhando para o seu colapso. Napoleão, uma das mais poderosas figuras
da História, começou depressa a mudar a face da Europa. Foi durante as
guerras Napoleônicas que a cabeça papal dessa besta heterogênea foi
“como que ferido de morte”. Verso 3. “Se alguém leva em cativeiro, em
cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja
morto”. Verso 10. Em 1798, o General Berthier, de modo algum um general
forte, aprisionou o papa Pio VI. Este papa ficou exilado até sua morte,
um ano depois. Durante esse tempo não houve papa reinante. Com que
notável precisão cumpriu-se de modo cabal o período profético de 1260
anos!
João, porém, não predisse apenas que essa
cabeça seria ferida e levada ao cativeiro, mas declarou que sua ferida
mortal seria curada. Então, disse ele, “todo o mundo se maravilhou após a besta”(Verso
3) – Predição esta sobremodo notável. Quando a Itália foi unificada sob
a revolução de Garibaldi (1866 – 1870), a igreja foi privada até de
suas terras, ficando o papa como o virtual prisioneiro no Vaticano. 59
anos mais tarde , em 11 de fevereiro de 1929, a famosa concordata
assinada por Mussolini e o cardeal Gaspar, restaurou parte das terras,
sendo que a partir daí o papa voltou a ser contado entre os soberanos da
terra. O relator oficial da igreja descrevendo este histórico
acontecimento, disse: “estamos testemunhando agora o significado deste
documento. Ao fluir a tinta dessa pena, estará sendo curada a ferida de
59 anos”.
Até o observador mais casual é compelido a
reconhecer o rápido crescimento e o prestígio internacional em poder da
igreja católica Romana. Ela exerce nos negócios do mundo hoje uma
influência maior do que em qualquer outro tempo de sua longa e
movimentada história. E essa influência está sendo cada vez mais sentida
nos Estados Unidos. Ao identificar esse poder perseguidor, seria bom
ficar claro, que não podemos ter nenhuma espécie de preconceito ou
hostilidade contra pessoas, suas crenças ou sua denominação. Jesus quer
salvar a todos, e o nosso dever como cristãos, é aceitá-los com o amor
de Cristo, procurando orientá-los com toda humildade e afeição.
Palavra oficial
Como adventistas, amamos a volta de
Cristo. Essa é nossa grande esperança. Precisamos ter, porém, muito
cuidado no sentido de não criar um clima de alarmismo sobre o assunto.
Quando isso acontece, a esperança se transforma em dúvida e confusão. “Nossa
posição tem sido a de esperar e vigiar, sem proclamações de algum tempo
para interpor-se entre o fim dos períodos proféticos em 1844 e o tempo
da vinda de nosso Senhor” (Eventos Finais, p. 32).
A marcação de datas não é plano de Deus.
Cada vez que elas são estabelecidas e não se cumprem, a fé e a esperança
ficam abaladas. Ellen White já previa que “sempre haverá movimentos
falsos e fanáticos feitos na igreja por pessoas que pretendem ser
dirigidas por Deus – pessoas que correrão antes de ser enviadas, e darão
dia e data para o cumprimento da profecia não cumprida. O inimigo se
agrada de que assim procedam, pois seus sucessivos fracassos e direção
em sentido falso, causam confusão e incredulidade’ (Ibidem, p. 32). Por favor, não dê ouvidos a essas pessoas e suas mensagens. Tenha sempre muito claro que:
1. Deus não apoia esses movimentos. Pessoas
que andam espalhando datas, normalmente querem criar um “clima” de
sensacionalismo e medo. Elas mesmas precisam de um empurrão para estarem
preparadas. Podem estar bem-intencionadas, mas estão erradas. Acreditam
que precisam reavivar a igreja, mas como sua mensagem não tem poder,
resolvem explorar datas. Ellen White é clara quando diz que “Não devemos saber o tempo exato para o derramamento do Espírito Santo ou para a vinda de Cristo” (Ibidem, p. 30).
2. A Bíblia não define datas para os eventos finais. Ela sempre apresenta as características de um tempo. Não devemos nos concentrar em um dia, mas em um tempo. O dia não sabemos, mas o tempo é o que nós estamos vivendo. Pelas características, estamos muito perto. Ainda poderemos esperar alguns anos, ou tudo pode acontecer bem rápido, antes do que foi apresentado em sua igreja O importante é estar sempre preparado,
3. A marcação de datas enfraquece o preparo. Inconscientemente, muitos relaxam em seu preparodeixando para resolver questões espirituais mais perto do tempo marcado. ‘Deus não dá a nenhum homem uma mensagem de que decorrerão cinco, dez ou vinte anos antes que termine a história desse mundo. Ele não quer dar um pretexto para os seres viventes adiarem a preparação para o Seu aparecimento (Ibidem, p, 31).
4. Decisões movidas por agitação duram pouco tempo. Quando uma pessoa espera a volta de Cristo por outra motivação que não seja o amor a Ele, vai tomar decisões passageiras e frustrantes, movidas pelo medo do que vai acontecer. Às vezes, até parecem puras, sinceras e profundas, mas dependem de agitação para se manter.
5. Precisamos estar prontos a qualquer momento. Independente
do dia em que Cristo vai voltar, ou do dia em que o decreto dominical
vai ser oficializado, a vida de uma pessoa pode acabar hoje. Ê como se
Cristo já tivesse voltado para ela. Precisamos ser como as virgens
sábias que não esperaram a chegada do noivo para estar preparadas, mas
têm sua provisão para qualquer tempo.
6. Acaba havendo confusão. Os
constantes anúncios de datas para os eventos finais acabam trazendo um
sentimento confuso, a ponto de, ao se cumprirem de verdade, muitos terem
dificuldade em acreditar. Essa é uma obra do inimigo.
7. Cuidado com “novidades” Perto do fim, mais pessoas vão apresentar estudos de “novas” profecias, uma “nova” visão de alguns pontos da Bíblia ou
mesmo a descoberta do tempo certo para o cumprimento de algumas
profecias A verdade vai ser misturada com o erro. Essas pessoas vão se
apresentar com ar de muita sinceridade ou trazendo estudos muito
“profundos” e, por isso, vão enganar a muitos. A melhor saída é
concentrar ávida espiritual no preparo diário, na comunhão, no
testemunho e na freqüência à igreja, para que não sejam pegas
desprevenidas. Continue amando a volta de Cristo, mas faça isso com os
olhos voltados para Ele. Os sinais servem para aumentar a esperança e
fortalecer a fé.
Fonte: BLOG NOVA CHANCE
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