“Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é
vaidade.” Eclesiastes 1:2
Permitam-me apresentar-lhes a pessoa mais fascinante, mais maravilhosa,
mais invejada que conheço – EU! Eu sou o maioral, o mais sábio, rico, famoso, o
que tem mais empregados e mais mulheres do que qualquer outro que já viveu
antes de mim. Eu sou Salomão!
Em apenas 15 versos (Ec 2:1-15) Salomão se refere a si mesmo 46 vezes,
através de pronomes pessoais, possessivos e verbos na primeira pessoa. Aqui
está Salomão em toda a sua glória. Ele reside num palácio que é a joia do
oriente, com piscinas, jardins, estábulos, ouro, prata, cantores, servos, e
vive num ambiente de cultura, arte, música e diversão. Empreende grandes obras,
que dão emprego a milhares de pessoas. Tudo quanto seus olhos desejam ele torna
realidade com um estalar de dedos.
E para completar, ele afirma: “Perseverou também comigo a minha sabedoria” (v. 9). Para resumir: ele tinha tudo!
Tudo mesmo? Tudo, menos satisfação. Esta era a única coisa que lhe
faltava. Ele confessa sua frustração nas seguintes palavras: “Pelo que aborreci
a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do Sol; sim, tudo é
vaidade e correr atrás do vento” (v. 17).
Você conhece pessoas assim? Que têm tudo, mas são infelizes?
Provavelmente sim, pois multidões ao nosso redor estão correndo atrás da
riqueza e da fama, e quando conseguem isso, descobrem que estiveram correndo
atrás do vento. Por isso é que o livro do Eclesiastes é incrivelmente moderno.
Vejam o caso de Boris Becker, o tenista que foi duas vezes campeão em Wimbledon
e ficou rico e famoso. Mas confessou que não tinha paz, e que esteve à beira do
suicídio.
Becker não é o único a sentir esse vazio interior. Milhares de pessoas
que chegaram ao topo de sua carreira profissional descobriram que não há nada
lá. Só um vazio imenso. Um vazio que só Deus pode preencher. E esta é
exatamente a mensagem do Eclesiastes – a vida sem Deus não tem sentido.
Mas há um raio de esperança nesse livro, que aponta para uma dimensão
infinita, dentro de nós, e que não combina com a conclusão de que tudo é
vaidade: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no
coração do homem” (Ec 3:11).
Depois de mostrar que riquezas, educação, realizações, fama, sexo não
trazem paz e felicidade, Salomão revela que Deus colocou no ser humano o desejo
de viver para sempre.
O vazio infinito do coração humano só pode ser preenchido com algo também infinito – Deus e Seu amor.
Fonte:
Meditação 2010 - Com a eternidade no coração.

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