E acrescentou: Jesus, lembra-Te de mim quando vieres no Teu reino. Lucas
23:42
Há várias lendas sobre o ladrão arrependido, chamado Dimas. Uma delas o
considera uma espécie de Robin Hood judaico, que roubava dos ricos para dar aos
pobres. As Escrituras, porém, silenciam sobre sua vida criminosa.
O que teria levado esse criminoso a se arrepender na hora undécima e a
clamar a Cristo, reconhecendo-O como Salvador, enquanto seu colega continuava
blasfemando contra Ele? Ellen White lança alguma luz sobre esse malfeitor, ao
afirmar que ele havia sido companheiro de Barrabás (O Desejado de Todas as
Nações, p. 741), mas “não era um criminoso endurecido; extraviara-se por
más companhias, mas era menos culpado que muitos dos que ali se achavam ao pé
da cruz, injuriando o Salvador. Vira e ouvira Jesus, e ficara convencido, por
Seus ensinos, mas dEle fora desviado pelos sacerdotes e príncipes” (ibid.,
p. 749).
Pendente da cruz, o ladrão arrependido lembra-se de tudo o que ouvira de
Jesus e, iluminado pelo Espírito Santo, se convence de que Cristo, não apenas
era inocente, mas era também o Filho de Deus. Com um fio de esperança em seu
coração, lança ao Salvador um apelo: “Senhor, lembra-Te de mim, quando vieres
no Teu reino.” Essa súplica foi um “raio de conforto” para Cristo, após sofrer
tantas injúrias e escárnios (ibid.).
Enquanto os discípulos, temerosos, haviam fugido, exclamando com
desânimo: “Ora, nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir a Israel”
(Lc 24:21), este homem rude e cruel, de modo inesperado, manifestou sua fé no
Filho de Deus, dEle recebendo a certeza da salvação eterna.
Algumas lições a serem aprendidas com esse ladrão:
1. Nunca é tarde para se arrepender. A salvação oferecida por Cristo
vale enquanto o coração bater.
2. Cristo lhe prometeu vida eterna, o que indica que os seus pecados
foram perdoados. Mas não o mandou descer da cruz. Os crimes pelos quais havia
sido condenado teriam de ser pagos. É como se Cristo lhe tivesse dito: “Olha,
Dimas, como você se arrependeu, Eu pago, na Minha cruz, as consequências
eternas dos seus crimes e pecados. Mas as consequências temporais, você terá de
pagar, na sua cruz!” Dimas, portanto, não ficou impune.
3. O arrependimento que ocorre pouco antes da morte, raramente é
genuíno. Na maioria dos casos trata-se de medo da morte e apreensão pelo juízo
vindouro.
Enquanto há vida, há esperança. Mas adiar a decisão de se entregar a
Cristo para o derradeiro momento é muito arriscado. Não há tempo a perder.
Decida-se já. Você talvez não tenha outra chance.
Fonte:
Meditação 2010 - Com a eternidade no coração.
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